quarta-feira, março 01, 2017


A Lean Foods tem como principal objetivo minimizar o tempo e esforços de pessoas e recursos durante um processo em Bares e Restaurantes. A Lean Food foi desenvolvida pelo engenheiro Adriano Sales Fernandes a partir  da metodologia Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta) Conheça aqui um pouco mais. 

A indústria automobilística foi palco de grandes revoluções durante o século passado, as quais se estenderam para demais setores econômicos. A começar pela manufatura em massa e em seguida pelo Sistema Toyota de Produção (STP), nascido na Toyota em meados do século passado. O STP se difundiu primeiramente da Toyota para outras empresas japonesas e a partir da década de 80 para os países ocidentais. Já a partir do final da década de 50 passou a "roubar" parcela de mercado das empresas americanas e europeias (veja dados em WOMACK et al (1992)).

O Sistema Toyota de Produção (Toyota Production System – TPS) tem sido, mais recentemente, referenciado como "Produção Enxuta" ou ainda "Manufatura Enxuta" (lean manufacturing). Tal termo surgiu no final dos anos 80 pelos pesquisadores do IMVP (International Motor Vehicle Program), um programa de pesquisas ligado ao Massachusetts Institute of Technology (MIT), para definir um sistema de produção muito mais eficiente, flexível, ágil e inovador do que a produção em massa. A partir de então, cresceu o interesse em relação à produção enxuta, suas filosofias, práticas e ferramentas. As obras "A máquina que mudou o mundo" de Womack, Jones & Ross (1992) e "O pensamento Enxuto nas empresas" (Lean Thinking) de Womack & Jones (1998) são as obras clássicas que ajudaram a difundir o Lean Manufacturing no ocidente.

A produção enxuta está calcada em um conjunto de conceitos, princípios e práticas que juntas sustentam a filosofia deste sistema de produção. "A base do Sistema Toyota de Produção é a absoluta eliminação do desperdício" apresentam cinco princípios que eliminam os desperdícios, ajudam a tornar as empresas mais flexíveis e capazes de responder as necessidades dos clientes:

1° princípio: Determinar o valor requisitado pelo cliente (ponto de partida inicial do pensamento enxuto). O valor só é significativo quando é "expresso em termos de um produto específico, que atenda às necessidades do cliente a um preço específico, em um momento específico".

2° princípio: Identificar a cadeia (fluxo) de valor para cada produto. Este princípio é o conjunto de todas as ações específicas necessárias para se levar um produto específico a passar pelos processos de desenvolvimento do produto, gerenciamento da informação e transformação física do próprio produto.

3° princípio: Fazer fluir o fluxo de valor identificado no princípio anterior. Desta maneira, busca-se que as atividades que não agregam valor ao produto sejam completamente eliminadas, deixando fluir, sem interrupções, as atividades que só agregam valor ao produto final.

4° princípio: Deixar que o cliente puxe o produto (entende-se o valor do produto) quando necessário. Assim, faz-se que os clientes encontrem o que querem no momento certo e na quantidade requerida, eliminando os desperdícios comumente encontrados na produção empurrada.

5° princípio: Buscar a perfeição do sistema produtivo, através da eliminação dos desperdícios e da melhoria constante do fluxo de valor.

Este conjunto de princípios frisa a importância da eliminação dos desperdícios encontrados em um sistema de produção. 

1.Superprodução: É o desperdício de se produzir antecipadamente à demanda, para o caso de os produtos serem requisitados no futuro. OHNO (1997) considera este o pior de todos os desperdícios.

2.Espera: Trata-se do material que está esperando para ser processado, formando filas que visam garantir altas taxas de utilização dos equipamentos. Além de materiais, pessoas ociosas e informação também são fontes significativas de espera, que aumentam o lead time do produto.

3.Transporte excessivo: O transporte e a movimentação de materiais, pessoas e informação são atividades que não agregam valor ao produto produzido e, por vezes, são necessárias devido às restrições do processo e das instalações, que impõem grandes distâncias a serem percorridas pelo material ao longo do processamento.

4.Processos inadequados: Trata-se do desperdício inerente a um processo não otimizado, ou seja, a realização de funções ou etapas do processo que podem ser melhoradas.

5.Inventários desnecessários: o armazenamento desnecessário de inventário resulta em custos e baixa performance do serviço prestado ao cliente.

6.Movimentação desnecessária: são os desperdícios presentes nas mais variadas operações do processo produtivo, decorrentes da interação entre o operador, máquina, ferramenta e o material em processo.

7.Produtos defeituosos: São resultados dos problemas da qualidade. Produzir produtos defeituosos gera desperdício de materiais, de mão-de-obra, do uso de equipamentos, além de resultar em desperdícios de movimentação, armazenagem de materiais defeituosos, inspeção de produtos, etc.



                               Referencias: Lead Time