Ela criou um negócio de sucesso com R$ 3 mil e paixão por pipocas
A carioca Sabrina Schmidt sempre gostou de pipocas. Após ser demitida,
pegou 3 mil reais emprestados e transformou a paixão em empreendimento.
São Paulo – Sabrina Schmidt
percebeu que era apaixonada por pipoca por volta dos 13 anos: dando uma volta
pelo parque de diversões paulista Playcenter, conheceu um quiosque de pipocas
de vários sabores. Ela pensou em como seria bom ter um negócio que também
vendesse pipocas.
Mas, como para muita gente, a
vida seguiu e Schmidt teve de se adaptar às carreiras tradicionais do mercado
de trabalho. A carioca se tornou diretora de produtos de uma empresa de venda
direta. Tudo seguia seu curso normal até que, em 2015, a corporação faliu.
Desempregada, Schmidt decidiu que essa era a hora de reviver seu sonho de
infância.
Assim nasceu a Pipoca de Colher:
um negócio especializado em pipocas funcionais, que trazem benefícios para a
saúde e poucas calorias. Em pouco mais de um ano de empresa, a Pipoca de Colher
já faturou 300 mil reais e chegou a 300 pontos de venda.
Primeiros passos
Depois de perder o emprego,
Schmidt passou a analisar como estava o mercado de pipocas. “Vi como a pipoca
gourmet estava entrando com força no Brasil, e pensei que era hora de apostar
nisso”, conta a empreendedora.
Schmidt pediu 3 mil reais
emprestados de um amigo. Com o dinheiro, investiu em panelas, matéria-prima e
embalagens. Então, testou as receitas de pipoca funcional que tinha em mente.
Começou a vender para os amigos em setembro de 2015 e chegou às feirinhas
gastronômicas no começo de 2016.
Mas o grande ponto de virada para
sua pequena empresa, agora já chamada de Pipoca de Colher, veio em maio de 2016:
as pipocas funcionais de Schmidt passaram a ser vendidas em lojas focadas em
alimentação saudável (por exemplo, a rede Mundo Verde).
Hoje, os produtos da Pipoca de
Colher estão em 300 lojas no Brasil, principalmente nos estados de Minas
Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Enquanto na época das
feirinhas o negócio faturava 3 mil reais por mês, hoje já fatura uma média
mensal de 50 mil reais.
As pipocas funcionais
O nome Pipoca de Colher, segundo
Schmidt, veio da sua meta em transformar a pipoca em um complemento às
refeições, e não apenas como um aperitivo. “Há sabores que permitem comer a
pipoca junto de outros produtos, como iogurte natural, por exemplo. E alguns
levam a pessoa a comer de colher, como o nome sugere”, explica.
Hoje, há quatro sabores de
pipocas funcionais: chocolate fitness, com cacau e canela; detox, com laranja e
gengibre; termogênicas, com especiarias e pimenta; e TPM Free, com amoras. No
site da Pipoca de Colher, há a descrição sobre quais benefícios cada um dos
produtos traz. “Só incluímos produtos se entendermos quais são suas
funcionalidades e como eles se combinam com uma comida amada por todos, como é
a pipoca. ”
Há dois tamanhos distintos de
sacos da Pipoca de Colher: o grande serve cinco xícaras de pipoca e costuma
custar entre 12,90 e 14,90 reais, variando com o ponto de venda. Já o tamanho
pequeno serve duas xícaras de pipoca e custa entre 7,50 e 8,90 reais.
Segundo Schmidt, a Pipoca de
Colher pretende chegar a 1000 pontos de venda até o fim de 2017, gerando um
faturamento mínimo de 1 milhão de reais.
Além das pipocas funcionais, a
Pipoca de Colher passou a vender também uma farinha de milho expandido. Com
esse ingrediente, a farinha fica com mais leveza e poucas calorias, além de
conter antioxidantes e fibras. Enquanto uma colher de sopa de farinha de trigo
possui 72 quilocalorias, uma colher da Farinha Fit possui 6,5 quilocalorias.
É possível fazer bolos,
empanadas, farofas e tortas com a farinha da Pipoca de Colher, por exemplo. “A
Farinha Fit representa hoje 10% do nosso faturamento. Ainda estamos em um
processo de fazer o consumidor entender os benefícios do nosso produto, e nesse
começo de 2017 já vimos bons resultados. ”
Também há mais planos na agenda
da Pipoca de Colher: a marca negocia entradas em redes de cinema; prepara uma
linha de pipocas funcionais mais adaptadas ao paladar infantil, para levar como
lanche para a escola; e, mais no final de 2017, negociará sua primeira expansão
internacional, para a Espanha.
Franquias
Schmidt conta que, desde o
começo, recebia muitos pedidos de interessados em franquear o negócio.
“Eu particularmente gosto da
pipoca salgada e quentinha na hora, e sentia falta disso na comercialização por
ponto de venda. Por isso, resolvemos abrir a franquia com a mesma marca e
sabores, mas em um modelo mais diferenciado, que relembra a infância”, diz e
empreendedora.
As franquias operarão em
carrinhos, que podem ficar tanto na rua quanto em shoppings (operando como uma
espécie de quiosque).
Outro objetivo da franquia é
levar a ideia de pipocas saudáveis para além das lojas especializadas, fazendo
com que mais entendessem que é possível se alimentar bem com produtos
agradáveis ao paladar.
O franqueamento começará neste
semestre, e a expectativa é ter 10 franquias até o fim de 2017.
Pipoca de Colher –
Carrinho - Investimento inicial: 50 mil reais - Prazo de retorno: 12 meses
Fonte: PME por Por Mariana Fonseca